Os acontecimentos que perfazem o quadro do sofrimento e da morte do Salvador Jesus se concretizaram pela incompreensão humana. Ainda hoje a mente e razão humana questiona a realidade do texto bíblico: “Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E inclinando a cabeça, rendeu o espírito” (Evangellho de São João 19.30).
O que significa esta palavra para o cristianismo e para os cristão? A obra da salvação estava pronta, acabada, completa. O Salvador podia morrer em paz, pois a sua missão estava cumprida com êxito, E assim, os pés, que condiziam, Jesus, estão imóveis. As mãos de Jesus que carregavam as crianças, abriram olhos aos cegos, ouvidos aos surdos estão presas no madeiro da maldição. Os Iábios de Jesus que proferiram bênçãos, perdão, consolo, salvação, agora estão secos e pálidos. Cristo está morto!
Está consumado! Consumada estava a sua obra redentora libertando o mundo, que gemia e perecia sob os relâmpados da Lei, que afirma que “o salário do pecado é a morte” (Carta de São Paulo aos Romanos 6.23). A humanidade inteira estava resgatada da condenação ao inferno. Consumada estava a sua salvação.
A morte de Cristo fez a cortina do templo em Jerusalém se rasgar em duas parte, fez sobrevir total escuridão sobre face da terra em plena luz do dia, fez a terra estremcer por intenso terremoto, fez os rochedos se despedarem e fez abrir muitas sepulturas e mortos ressuscitarem. Tudo isto, conforme nos relatam os Evangelhos, aconteceu para provar que uma nova era começou para a humanidade: Cristo assinou, com a sua morte na cruz, o resgate de nossa dívida com Deus. (Evangelho de São Lucas 7.48,50)
* Filósofo e teólogo – professor de filosofia, antropologia e história. Professor da Rede Estadual de Educação pardinhorama@gmail.com |