Nada é tão perigoso como falar a torto e a direito sobre o próximo. Há perigo de maledicência e mesmo de calúnia. A paz de muitos lares, a união de corações pode ser quebrada por palavras desastrosamente lançadas em confidências e passadas de boca em boca, assumindo a cada passo nova virulência.
É interessante observar a Bíblia usada por muitos cristãos, infelizmente não são respeitados seus princípios que afirmam nas palavras de São Tiago 3.8: “Ora, a língua é fogo; é mundo de iniquidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno”. Numa outra mensagem o mesmo São Tiago no Capitulo 18 afirma: “Quem não comete falta no falar está bem próximo de ser homem perfeito”.
Recentemente, uma mensagem escrita por Henry Thomas Buckle que defende a seguinte tese: “Grandes mentes discutem ideias, mentes medianas discutem eventos, mentes pequenas discutem pessoas”. Amigo leitor, os textos citados nos ensinam que devemos aprender: “a não sentar-se à mesa onde se fala mal dos outros; pois quando você se levanta, você vira o assunto.”
A calúnia é como a moeda falsa. Muitos dos que não a teriam emitido a fazem circular sem escrúpulos, acrescentando-lhe, até alguma coisa.
É fácil desfigurar o pensamento alheio, ainda que apenas destacando o texto do contexto. Não é difícil fazer perguntas insidiosas, alusões pérfidas, reticências hipócritas, assumir atitudes escandalizadas, ou espantos de candura comovedora: “Como, você não sabia? Você ignorava isso? Sabe o que acabam de me contar de você? etc … e, tudo isso, sob a capa da caridade e de religião.
Percebemos que as pessoas difamadoras são aquelas que espalham calúnias, mentiras ou falsidades sobre outras, com o objetivo de prejudicar sua reputação. Esse comportamento é tóxico e, em muitos casos, pode até ter consequências legais. Pessoas difamadoras são em geral aquelas que espalham calúnias, mentiras ou falsidades sobre outras, com o objetivo de prejudicar sua reputação.
É fácil perceber as características de um difamador: fazem fofoca maliciosa, fala sobre os outros de forma exagerada ou inventada. Tem muita inveja ou rancor e muitas vezes, age por ciúme, raiva ou frustração. É pessoa cruel, ou seja, falta de empatia: não se importa com o sofrimento que causa. Outra característica básica deste elemento é a vitimização, ou seja, pode se fazer de vítima quando confrontado. E por último a manipulação: usa informações distorcidas para influenciar terceiros.
Certamente você leitor esteja perguntando: como lidar com um difamador? Uma atitude importante é: ignore – muitas vezes, eles querem atenção; não dê o que desejam.
Outra atitude importante é o confronto direto (se seguro) – Pergunte com calma: “Por que você está espalhando isso?” Documente as provas – Se for grave (como difamação online ou no trabalho), guarde prints e testemunhas. E por último busque apoio legal – em casos graves, a difamação é crime* (art. 139 do Código Penal brasileiro).
* Filósofo e teólogo – professor de filosofia, antropologia e história. Professor da Rede Estadual de Educação pardinhorama@gmail.com |