O município de Assis Chateaubriand, em resposta ao aumento de casos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como dengue, Zika e Chikungunya, iniciará neste sábado (5), a aplicação de inseticida a Ultra Baixo Volume (UBV), popularmente conhecido como “fumacê”. A medida, considerada emergencial, será realizada em bairros com maior incidência do mosquito e abrangerá toda a cidade ao longo de cinco ciclos, podendo ser estendida para mais dois ciclos, caso necessário.
Ao todo, 740 quarteirões e 19.604 imóveis serão contemplados pela ação, que contará com três caminhonetas equipadas para a dispersão do inseticida. A aplicação ocorrerá em horários estratégicos: duas horas antes do nascer e duas horas após o pôr do sol, respeitando condições climáticas favoráveis. Ventos acima de 6 km/h, chuva, garoa ou neblina podem comprometer a eficácia do procedimento e serão evitados.
O secretário de Saúde, Rodrigo Furlam, reforçou a importância da colaboração da população no combate ao mosquito transmissor. “Precisamos que os moradores eliminem possíveis criadouros em seus quintais, desobstruam calhas e ralos e permitam que os agentes de endemias acessem suas residências para realizar ações focalizadas”, destacou Furlam. Ele também enfatizou que o fumacê é uma medida complementar e não substitui as ações preventivas voltadas à eliminação dos criadouros.Apesar da importância do fumacê em situações emergenciais, o secretário alertou que seu uso indica falhas nas estratégias preventivas. “Quando aplicamos o fumacê, estamos combatendo o mosquito adulto. Nosso foco deve ser na eliminação dos criadouros para evitar que o mosquito se desenvolva”, concluiu Furlam.Orientações à populaçãoPara garantir a eficácia do fumacê e proteger a saúde da comunidade, algumas recomendações devem ser seguidas:
Abrir portas e janelas para facilitar a entrada das partículas do inseticida nos domicílios.
Proteger pessoas vulneráveis, como crianças, idosos, gestantes e indivíduos com condições de saúde precária.
Resguardar animais domésticos, veículos e objetos que possam ser danificados pelo produto químico.
Criadores de abelhas sem ferrão devem tomar medidas específicas para proteger os insetos durante a aplicação.A iniciativa reflete o compromisso da administração municipal com a saúde pública e reforça a necessidade de engajamento coletivo para combater as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.