História de Beatriz Aguiar
Ex-presidente destaca força da democracia e repúdio das Forças Armadas à ideia de ruptura institucional©Foto: Instagram
O ex-presidente Michel Temer afirmou em entrevista à revista Veja que a Polícia Federal (PF) já identificou “indícios fortíssimos” nas investigações sobre uma possível tentativa de golpe após a eleição de 2022. Entre os alvos do inquérito estão 37 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-integrantes de seu governo e 25 militares, acusados de participar de um suposto plano que incluía até mesmo atentados contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
Durante a entrevista, Temer destacou que o avanço das apurações será essencial para esclarecer os fatos e avaliar a extensão do envolvimento dos acusados. “Se o ex-presidente sabia ou não sabia — ele nega permanentemente —, eu não saberia dizer”, declarou. Para Temer, um golpe de Estado só seria viável com o apoio das Forças Armadas, algo que, segundo ele, foi amplamente rejeitado pela instituição. “Talvez uns e outros pretendessem, mas o conjunto das Forças Armadas repudiou a hipótese, reafirmando o compromisso com a democracia consolidada no país.”
Ao comentar os ataques de 8 de janeiro, Temer classificou o episódio como uma “aspiração pelo golpe”, mas ressaltou que a tentativa não teve êxito. Ele reforçou que a democracia brasileira segue fortalecida e que uma ruptura institucional seria praticamente inviável. “O golpe significaria romper com a Constituição. Não há condições no país para isso, pois há uma consciência consolidada de que a democracia é o melhor sistema para nossa nação”, concluiu o ex-presidente.
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