*César Gomes de Freitas
O universo empresarial sofreu profundas transformações nas últimas décadas. O fenômeno da globalização destruiu a maioria dos paradigmas das organizações e alterou o conceito de concorrência.
Antigamente, as principais concorrentes das empresas estavam instaladas na mesma cidade ou região. Hoje, devido as facilidades da vida moderna, a concorrência não tem mais fronteiras. Uma empresa de Assis Chateaubriand não disputa clientes apenas com as empresas vizinhas, mas com organizações de todo país e do mundo. Graças à internet e ao comércio eletrônico qualquer pessoa de nossa cidade pode adquirir um produto da Nova Zelândia ou da China sem grandes dificuldades.
Porém, mesmo com todas essas mudanças, três aspectos das organizações permanecem fundamentais. Três pontos que formam o tripé no qual as empresas estão alicerçadas, independente do ramo de atividade ou mercado no qual atuam: os recursos financeiros, os recursos materiais e os recursos humanos.
Os recursos financeiros são representados pelo capital de giro, recursos para investimento, etc. Ou seja, o dinheiro necessário para as atividades do cotidiano e aquelas que visam o futuro. Sem esses recursos fica inviável o funcionamento de qualquer tipo de organização.
Os recursos materiais englobam as máquinas, equipamentos, móveis, veículos, os materiais de consumo (matéria-prima, artigos para escritório, etc.) e incluo aqui os recursos tecnológicos. Também são fundamentais, pois como uma indústria vai produzir sem as máquinas e equipamentos e tecnologia necessários?
Entretanto, cada vez mais os empresários estão colocando uma atenção maior no terceiro grupo de recursos citados: os recursos humanos, hoje conhecido como capital intelectual.
São cada vez maiores as qualificações, as habilidades e os conhecimentos exigidos por parte das empresas de seus colaboradores. Por maior que seja a quantidade de recursos financeiros disponíveis ou a qualidade dos recursos materiais, uma organização estará fadada ao insucesso se não tiver a sua disposição uma equipe de colaboradores eficiente e tecnicamente capazes para aplicar da melhor forma possível os demais recursos e colocá-los em sintonia aos objetivos estabelecidos.
São exigidas dos profissionais do século XXI uma constante renovação e atualização dos conhecimentos específicos de sua área de atuação, informações abrangentes em relação a outras áreas (cultura geral), a capacidade de trabalhar em equipe e um espírito de liderança capaz de influenciar e inspirar os demais colaboradores.
Essas são as chaves para o sucesso pessoal e empresarial.
* César Gomes de Freitas é professor do Campus Assis Chateaubriand do Instituto Federal do Paraná (IFPR). Possui Pós-Doutorado pela Universidade Federal Fluminense, doutorado pelo IOC/Fiocruz, mestrado pela UCDB e é bacharel em Administração e Ciências Contábeis. Contato: cesar.freitas@ifpr.edu.br |