Por vezes, criamos variados argumentos para explicar o comportamento ruim de outras pessoas, alegando tratar-se de narcisismo, boderline, histeria e por aí adiante. É importante tentar evitar julgamentos precipitados. Pode ser que o comportamento da pessoa que não presta simplesmente não esteja ligado a nenhum transtorno. Nem tudo é transtorno mental. Realidade difícil, mas ainda é melhor aceitarmos e encararmos.
Na Igreja, no trabalho, em casa, em todos os lugares, há pessoas que não prestam.
É essencial conhecermos características comuns de pessoas assim. Algumas são mais exageradas e perceptíveis como a manipulação e a subtração de vantagem. Outras características são mais diluídas, sutis, difíceis de serem identificadas. No entanto, quando você se prepara para identificar, evita sofrimentos.
A vida já nos impõe tantas dificuldades, quando podemos nos poupar ou prevenir situações evitáveis, devemos fazê-lo, num ato de amor-próprio. No ranking de prioridades, deve estar lá, se livrar de gente que não presta na sua vida.
Pessoas assim não aceitam diferenças. Tudo gira em torno do que querem e acreditam. São intolerantes e acreditam que sempre estão certas, com isso, acabam impondo suas ideias, decisões e muitas vezes você acaba se sentindo culpado e errado. São guiadas pelos próprios conceitos, por vezes, preconceitos. Preconizam seus ideais e acreditam que o mundo deveria seguir os mesmos mandamentos. Cada um tem a sua verdade, ou seja, seus conceitos e ideais. Em relacionamentos saudáveis, observamos a preservação das diferenças e opiniões divergentes.
A rigidez acompanha a tolerância. Não conseguem ceder, tornando a convivência difícil. Por vezes, maltratam os demais. A rigidez faz acreditar ser o centro das atenções, das razões, elevando a convivência a níveis intoleráveis.
Também, tendem às extremidades, à dicotomia. Entre o branco e o preto, há muitas nuances. Não enxergam limiares entre o branco e o preto, entre o certo e o errado, ou seja, o melhor acordo, o meio-termo é sempre a saída mais recomendada.
Outra característica é a hipersensibildade. As emoções e sentimentos são potencializados e esperam que alguém as salve, numa atitude passiva, com a intenção de despertar a piedade alheia.
As características mencionadas de conversam e estão interligadas. Podem passar despercebidas. Prestando atenção, é possível observar e concluir que, definitivamente, trata-se de pessoas que não prestam. Não presam para namorar, casar e conviver. Identificando esse perfil, você pode escolher o que fazer, lembrando, evite todo sofrimento possível.
Silvana Pedro Pinto é psicóloga clínica e educacional. Atende adultos e crianças na Clínica Bambini. |