No dia 28 de agosto de 2024, por volta das 00h05, a equipe RPA de Guaira da PM, por determinação da Central, deslocou até a Viela Ita, bairro Eletrosul, para verificação de possível conflito envolvendo indígenas e moradores locais, área está conhecida por recentemente ter sido invadida por indígenas que ocupavam a área vizinha. Na chegada da equipe foi possível constatar dois pontos com aglomeração de moradores nas imediações, grupos com aproximadamente 40 pessoas cada, os quais estavam munidos visivelmente com pedaços de madeira, pedras e motosserra, a fim de repelir indígenas do local.
De pronto, foi solicitado para o COPOM para que acionasse a Polícia Federal e Funai para comparecerem no local, sendo obtido o contato à 00h20min. Em contato com populares, que relataram que moradores locais deram início a construção de barracas nas terras anteriormente invadidas por indígenas, área próximo ao passeio da viela Itá e que os indígenas que já estavam na área iniciaram o confronto, mas estavam sendo repelidos por moradores. No local, a equipe tentou realizar aproximação, porém devido questões de segurança, não foi possível, então, de imediato solicitou apoio das demais equipes policiais e permaneceu no perímetro buscando evitar o escalonamento do confronto.
No momento da chegada da equipe, a Força Nacional já realizava o Ponto Base na estrada Roland, que fica em um dos lados do perímetro do local. Cerca de 10 minutos após a equipe chegar ao local, a situação escalou rapidamente, onde os moradores adentraram em meio a plantação rumo ao centro da área que já era ocupada por indígenas e lá estavam no momento, área está com pouca visibilidade, sendo ouvidos gritos, fogos de artifício, motosserras ligadas, e em alguns momentos sequências de disparos de arma de fogo, cerca de 20 disparos.
Após solicitação de apoio policial no local por parte desta equipe, por volta das 00h30min compareceram na área, 2 equipes da Guarda Municipal de Guaíra, às 00h49 duas equipes do BPFRON, uma equipe da RPA da cidade de Mercedes, compareceram também o CPU, o comandante do Pelotão de polícia militar de Guaíra, comandante do 19º BPM e uma equipe do Choque de Foz do Iguaçu que já estava na região. Em um dos momentos, a equipe, durante o deslocamento para o local, foi apedrejada, acarretando pequenos pontos de danos na viatura.
A equipe da Força Nacional permaneceu durante toda situação realizando o Ponto Base na estrada Rooland, a cerca de 1 km do local e lá permaneceram. Por volta das 02hs, equipes da Policia Federal e Força Nacional chegaram ao local, fizeram breve contato com o comandante da PM de Guaíra, que colocou as equipes da Polícia Militar a disposição, porém não foi solicitado pela Polícia Federal, nem Força Nacional. Então, a Polícia Federal e a Força Nacional foram até o local do conflito, onde permaneceram por cerca de 30 min.
Na sequência, a equipe da Polícia Federal e Força Nacional saíram do local, então, no antigo clube Mirante, o comandante do 19 bpm entrou em contato com o Sr. Delegado de Policia Federal, Cap. da (FN), Coronel da (FN) e representante da Funai, colocando as equipes da polícia militar novamente a disposição, cessado o conflito no momento, a equipe da Polícia Federal conversaram com o representante da comunidade Guarani do local, onde eles orientaram os indígenas que pela manhã seria realizada a perícia do local e pedido que ele coletasse mais informações para que pudessem esclarecer os fatos do conflito.
Então, as equipes da polícia militar retornaram a dar o apoio na segurança do perímetro. Durante o decorrer da ocorrência e confecção do boletim, houve acionamentos por parte da Unidade de Pronto Atendimento – UPA, dando conta do encaminhamento por terceiros e entrada de forma individual de sete vítimas de lesões ocasionadas pelo confronto entre os moradores e os indígenas. Os três primeiros que deram entrada foram, por volta das 01h, o Sr. não indígena, vítima de golpe de madeira na cabeça, o Sr., não indígena, atingido por pedrada na face, em observação, e o Sr., não indígena, vítima de golpe de foice na mão direita, decepando parcialmente o membro.
Já por volta das 02h50 deu entrada de quatro indígenas feridos por disparos, que de acordo com o médico do pronto de atendimento ser ferimentos de arma pressão, a Sra., que sofreu o ferimento pelo disparo na região do olho direito sendo encaminhada para o hospital universitário de Cascavel, a Sra., indígena, vítima de disparo de arma de pressão na testa e estava em observação, o Sr. (indígena, vítima de disparo de arma de pressão, atingido no abdômen, em observação, e a Sra., indígena, vítima de disparo de arma de pressão no antebraço, em observação na upa