SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Volkswagen do Brasil vai investir R$ 13 bilhões em suas três fábricas no estado de São Paulo. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (23), na unidade Anchieta, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. O montante faz parte do total de R$ 16 bilhões que serão investidos pela montadora no Brasil até 2028. Com os novos valores, a fábrica Anchieta vai receber dois veículos inéditos, a unidade de Taubaté contará com um automóvel inédito 100% desenvolvido no Brasil e a fábrica de motores de São Carlos receberá um novo propulsor ainda mais inovador e eficiente para veículos híbridos.
Esses modelos integram uma nova família de de produtos da Volkswagen do Brasil, que lançará 16 veículos até 2028, com destaque para a estreia dos híbridos, além de novidades em 100% elétricos e total flex. Os projetos da empresa envolvem ainda dois lançamentos que já ocorreram: o novo T-Cross, produzido em São José dos Pinhais (PR), e a nova Amarok, fabricada em General Pacheco, na Argentina. “O Estado de São Paulo é fundamental na estratégia de negócios da Volkswagen do Brasil e parceiros. A nossa cadeia de suprimentos paulista conta com 530 fornecedores diretos e indiretos dos quais compramos R$ 13 bilhões por ano, representando 49% das aquisições da marca no país”, afirma Alexander Seitz, chairman executivo da Volkswagen América do Sul.
“A Volkswagen do Brasil é protagonista do novo ciclo de investimentos do setor automotivo brasileiro com o aporte robusto de R$ 16 bilhões até 2028. Desse total, R$ 13 bilhões serão aplicados em nossas três fábricas paulistas, que recebem projetos inovadores, inéditos, com foco em descarbonização e fundamentais em nossa ofensiva de 16 novos veículos até 2028”, afirma Ciro Possobom, CEO da Volkswagen do Brasil.
Foi em São Bernardo do Campo que a Volkswagen iniciou sua expansão global, pois a unidade Anchieta, inaugurada em 1959, foi a primeira fábrica da marca fora da Alemanha. A história da Volkswagen no Brasil, no entanto, teve início em 1953, em um galpão no bairro Ipiranga, em São Paulo. Em SP, a montadora conta com seu centro de design e engenharia em São Bernardo do Campo, que também receberá parte dos investimentos. A Volkswagen do Brasil foi a primeira a fundar, em 1965, um centro de desenvolvimento de veículos, desde o design até o início da produção, fora da matriz, na Alemanha.A área conta com quase mil profissionais que atuam na engenharia das fábricas Anchieta, Taubaté e Pacheco (Argentina), sendo que neste ano foram contratados mais de 100 engenheiros e engenheiras para reforçar o time de Inovação e Tecnologia.
O centro conta com 85% de competências locais para o desenvolvimento de produtos globais, sendo o único da Volkswagen com competências para motores total flex. Newsletter Folha Mercado Receba no seu email o que de mais importante acontece na economia; aberta para não assinantes. *** No Estado de São Paulo, o desenvolvimento sustentável e tecnológico de veículos também é garantido por meio de parcerias com universidades, por exemplo, para biocombustíveis e etanol, com a Unicamp, USP e UFABC; para materiais sustentáveis e fibras naturais, com a Unesp; e para tecnologias, com o Instituto Eldorado. Principais inovações da Volks:
– 1988: o Gol GTI, primeiro modelo brasileiro com injeção eletrônica
– 2000: lançamento do motor 1.0 turbo 16 V com 112 cv e 15,8 kgfm com injeção direta
– A Volkswagen foi a primeira marca a introduzir motores turbo no mercado brasileiro no Gol e Parati
– 2003: 1º motor Total Flex, com o Gol 1.6l Total Flex
– A tecnologia revolucionou o setor ao permitir o uso de gasolina, etanol ou a mistura de ambos em qualquer proporção
– 2003: Fox, modelo 100% desenvolvido no Brasil e primeiro carro com posição de sentar alta. Também foi exportado para a Europa
– 2013: up! introduziu o motor 1.0l TSI com 3 cilindros
– 2020: Nivus foi o primeiro veículo totalmente desenvolvido na Região América do Sul a ser também fabricado e comercializado na Europa, com o nome Taigo
– O Nivus foi o primeiro modelo da Volkswagen a trazer o sistema de infotainment VW Play, desenvolvido na região, que virou referência no mercado, é exportado para mais de 70 países e está disponível em seis idiomas
– O Nivus também inovou ao ser o primeiro modelo desenvolvido sem o uso de protótipos físicos nas fases iniciais de desenvolvimento, apenas virtuais