Ao assistir uma palestra, ouvi a seguinte reflexão: “O ser humano, para ter uma existência plena, precisa que sua vida esteja estruturada em um tripé formado pela família, pelo trabalho e pela religião”.
Alguns podem achar que existem outros pontos importantes na vida de todos nós, entretanto mesmo esses concordam que os três aspectos citados são fundamentais para uma existência plena, harmônica e feliz.
A família, que nos últimos anos, infelizmente, perdeu muito de sua ‘aura sagrada’ graças ao pouco caso com que é vista por alguns, continua sendo o principal pilar de sustentação não só do indivíduo, mas também da sociedade como um todo. A família é a peça básica do intrincado tabuleiro da vida. Sem ela, perde-se o referencial, e sem ele, corremos o risco de vagar pela vida sem direção, sem um rumo.
O trabalho é essencial para a autoestima e para a realização pessoal de cada um. Os especialistas afirmam que se você fizer algo de que goste, jamais terá que trabalhar na vida. E eles têm razão. Fazer o que se gosta transforma o que para muitos é um fardo, em uma agradável tarefa. É o meu caso, que amo o que faço e, por isso, dar aulas é, sobretudo, um imenso prazer. Contam que o trabalho foi um dos castigos de Deus quando da expulsão do paraíso. Na minha opinião o trabalho é uma dádiva. Não sei quanto a vocês, porém eu creio que não existe nada pior do que não ter o que fazer. Como é ruim, por exemplo, a segunda metade do período de férias, isto é, quando você não viaja e tem que ficar em casa tentando colocar em prática o ócio criativo.
Independentemente da concepção que você tenha dela, a religião forma o importante tripé citado no início do texto. Ter algo em que acreditar, uma força superior e criadora faz com que o homem possa encontrar, de certa forma, um sentido para sua vida e deixar de ser egocêntrico. As religiões, que como já escrevi neste espaço, são caminhos diferentes que levam ao mesmo lugar, fazem um bem à humanidade na medida em que contribuem para que o homem possa ver seu semelhante como um irmão.
Sempre me considerei um homem de sorte, e depois que assisti a referida palestra entendi finalmente o porquê: – A vida foi generosa comigo, pois tive o privilégio de nascer em uma família amorosa, meio doida, mas incrivelmente amorosa e, depois, minha esposa Evelin me propiciou uma família linda, maravilhosa e ainda mais amorosa. Tive oportunidades de trabalho que me proporcionaram e proporcionam crescimento e satisfação. E, finalmente, uma fé que sempre me ajudou e guiou em todos os momentos de minha vida, que foi revigorada recentemente após participar do ECC (Encontro de Casais com Cristo).
Se existe um caminho para a felicidade, ele certamente passa por esses três pontos da vida: a família, o trabalho e a religião.
* César Gomes de Freitas é professor do Campus Assis Chateaubriand do Instituto Federal do Paraná (IFPR). Possui Pós-Doutorado pela Universidade Federal Fluminense, doutorado pelo IOC/Fiocruz, mestrado pela UCDB e é bacharel em Administração e Ciências Contábeis. Contato: cesar.freitas@ifpr.edu.br |