Denilda Acordi era conhecida pela generosidade e ajudava os mais necessitados na Pastoral da Solidariedade
As imagens das câmeras de monitoramento mostram o último abraço inesquecível de Rafael Acordi na mãe, Denilda Acordi, de 71 anos, uma das 62 vítimas de acidente aéreo em Vinhedo, interior de São Paulo, na última sexta-feira (9).Guardiã das chaves das portas da igreja que frequentava, Denilda morava em Três Barras (PR) e era ministra da eucaristia.
Ela saiu de Cascavel e seguiria para Brasília (DF) para cuidar da mãe, de 92 anos.Dona de um escritório de contabilidade, ela era viúva e deixa três filhos e seis netos. Ao se lembrar das atitudes que a mãe teve em vida, Rafael destaca a personalidade humilde da mãe, que não gostava de luxos e precisava do mínimo para sobreviver.
Denilda era conhecida na cidade em que morava pela generosidade e por trabalhos voluntários na Pastoral da Solidariedade, cuidando de pessoas doente e em situação de vulnerabilidade social”Era sempre em primeiro lugar Deus e família e, sempre que ela podia, praticava a caridade em diversas situações diferentes. Então, como ela era uma mulher muito caridosa, fez parte de vários projetos e ajudava diversas pessoas.
Ela não buscava publicidade com isso, nenhuma”, conclui.Ainda de acordo com Rafael, a mãe tinha paixão em levar a eucaristia para os doentes: “Era uma das coisas que ela mais gostava de fazer”. Denilda confessa-se com regularidade com o padre e dizia estar preparada para morrer. “Não foi diferente dessa vez, ela se confessou antes da viagem”.