Bia Souza conquista medalha de ouro no judô — Foto: Alexandre Loureiro/
COBJUDOCA DE 26 ANOS GANHOU DA NÚMERO 2 DO RANKING MUNDIAL E FATUROU O OURO NA CATEGORIA ACIMA DE 78KG
Por Carol Knoploch – — Enviada especial a Paris, França
02/08/2024 12h27 Atualizado há 45 minutos
Nesta sexta-feira, a judoca Beatriz Souza fez história ao vencer a final da categoria acima dos 78 kg no judô, derrotando a israelense Raz Hershko. Essa vitória marcou o primeiro ouro olímpico do Brasil na capital francesa.
Bia Souza começou a luta com determinação, aplicando um waza-ari contra a adversária e garantindo o primeiro ponto do combate. Ela manteve o controle durante toda a disputa, segurando bem até o final e assegurando a medalha de ouro.
A trajetória de Beatriz até o ouro foi impressionante. Na estreia em Paris, ela venceu rapidamente a nicaraguense Izayana Marenco com um ippon relâmpago em apenas 40 segundos. Nas quartas de final, superou a sul-coreana Kim Ha-Yun, e para chegar à final, derrotou a francesa Romane Dicko, número 1 do ranking mundial.
Com essa conquista, Bia Souza entra para a história do esporte brasileiro, inspirando futuras gerações de atletas. O Brasil celebra com orgulho seu primeiro ouro nas Olimpíadas de Paris! 🥇🇧🇷
A primeira medalha de ouro do Brasil em Paris-2024 saiu na frieza da judoca Beatriz Souza.
Muito dessa frieza de Bia Souza se deve à sua técnica Sarah Menezes, que se tornou hoje a primeira brasileira campeã olímpica como judoca e treinadora e auxiliou a judoca a manter a concentração durante os Jogos. A comandante abriu o jogo e revelou que Bia encarou a competição de Paris como se fosse um “intenso treinamento”.
— O que falei para a Bia (antes da final) é que ela precisava se movimentar sempre, ela jamais aceitar a pegada da sua adversária. Se concentrar nela e procurar estar sempre ativa, e ela fez certinho. A gente tinha combinado desde o início que ela ia chegar na competição e fazer como se fosse um “treinamento mais intenso”: como só eram duas lutas que durava 4 minutos, se ela jogasse em 10 segundos, ela iria ter um descanso maior. Entre uma luta e outra ia ter um intervalo de 25 minutos e ela topou — disse Sarah Menezes, treinadora de Bia.
Caçula da família, Beatriz seguiu os passos do pai no judô e conquistou sua primeira medalha aos sete anos. Aos 15, deixou Peruíbe e se mudou para São Paulo, onde conciliou estudos e treinos. A atleta chega em Paris com status de medalhista de bronze no Pan de Santiago e eleita a melhor judoca de 2023 pelo COB.
Em Tóquio-2020, Bia perdeu a vaga para Maria Suelen Altheman, que hoje é sua treinadora no Pinheiros. A ausência a fez treinar mais forte para chegar como esperança de medalha em Paris, na sua primeira disputa olímpica.