Iniquidade e amor são sentimentos contrários. A primeira é uma palavra não muito comum na sociedade, poucos sabem seu significado. A segunda é o amor, o mais sublime de todos os sentimentos e mais comum na vida das pessoas, principalmente naquelas que sabem expressar esse sentimento, e trazem consigo, um significado imensurável. Um sentimento pessoal, mas que ao mesmo tempo contagia família, sociedade e as pessoas de todas as classes, raças e cores.
Mas vamos ver o que é iniquidade e qual o seu significado! Iniquidade é um substantivo feminino, da língua portuguesa e define algo ou alguém que tem um comportamento contrário à moral, à religião, à justiça, à igualdade e etc. Um dos seus sinônimos é malevolência e é praticada por iníquos, ou seja, aqueles que se opõem a equidade, que é: justiça, imparcialidade, retidão e igualdade. A iniquidade está associada ao ato de ser mau, ruim, injusto e perverso. Uma pessoa iníqua transgride as leis, as normas morais e ética sem qualquer tipo de ressentimento ou escrúpulo. Ela está normalmente relacionada com o cinismo e a falta de caráter, falta de amor próprio, esse é o sistema. Pensando bem, estamos arrodeados de pessoas assim.
Jesus em suas palavras disse: ‘Por aumentar a iniquidade o amor de muitos se esfriarão’. O amor é uma marca que todos trazem consigo, um sentimento inconfundível e imensurável. O amor, muitas vezes, torna-se inexplicável, a exemplo do grande amor de Deus pela humanidade. O amor é paciente, é benigno, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não se exaspera… E mais, quem não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor, e nós somos frutos desse amor, e não do acaso, coincidência, ou algo sem planejamento, mas somos frutos do amor de Deus, a principal marca da vida, uma característica única em todos. Observe que Deus não nos fez diferentes, mas todos iguais, pois somos sua imagem e semelhança, fruto de um amor incondicional.
O tema acima nos chama a atenção para uma realidade pouco observada, onde a iniquidade vem suplantando o amor e fazendo vítimas em todos os segmentos da sociedade sem distinção. Um sentimento que vem tornando as pessoas cada vez mais perversas, irreverentes, promiscuas, injustas e maldosas, onde o amor ‘eros e filéos’, tem sido mais importante que o amor ágape. O amor é uma marca indescritível, ou difícil de ser descrito, mas é um sentimento que todos nós temos, não é uma qualidade, mas a essência de Deus em nós, a vida de Deus em nós, pois Deus é amor. Preserve esta marca e viva promovendo-a, para o bem de toda sociedade.
Roberto Cosme dos Santos é teólogo e sociólogo com especialização em Psicologia Pastoral, terapeuta, palestrante, membro da Academia de Letras do Oeste do Paraná e pastor da Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil. contatorobertosantos@outlook.com |