Os indígenas expandiram a invasão ao ocuparem uma fazenda localizada perto do Aeroporto Municipal de Guaíra, no oeste do Paraná, na manhã de quinta-feira (19).
Segundo a Secretaria de Segurança do Município, as forças de segurança do município, como Guarda Municipal e Polícia Militar, acompanham a movimentação nas terras em conflito. A Força Nacional, do Governo Federal, também reforça a segurança das propriedades.
Além da fazenda, os grupos indígenas já haviam invadido outros dois terrenos: um na região da pedreira e outro na Vila Eletrosul, ambos em Guaíra.
Na quarta-feira (17), autoridades municipais, estaduais e federais estiveram reunidas na tentativa de solucionar o conflito na região. As invasões começaram, no começo de julho, com a tensão se intensificando após uma invasão em Terra Roxa (PR), no último domingo (14).
Um documento foi assinado, durante a reunião, pelos representantes governamentais para ser apresentado à diretoria da Itaipu Binacional. A proposta sugere a possibilidade da compra de terras, por parte da Itaipu, como meio de resolver o problema que envolve os povos indígenas da região.
Durante a construção da Usina de Itaipu, áreas rurais de Terra Roxa e Guaíra foram alagadas. Por conta disso, os invasores reivindicam os espaços. Um processo transcorre na Justiça para que a Itaipu conceda um novo local aos indígenas.
ATAQUE – Na segunda-feira, (15), um agricultor ficou ferido em outra invasão que aconteceu por volta das 9h na localidade de São Domingos, quando um grupo de aproximadamente 20 indígenas montaram acampamento em uma propriedade.
O filho do proprietário da fazenda teve que ser atendido pelo SAMU, após levar um golpe com um pedaço de madeira na cabeça. Ele foi encaminhado para o hospital da região.
Equipes da Guarda Municipal de Guaíra, da Polícia Militar, do Batalhão de Fronteira e da Polícia Federal, além de autoridades do município e agricultores foram ao local.
Segundo o presidente do Sindicato Rural de Guaíra, a área invadida é de aproximadamente 250 hectares. Além da insegurança jurídica, os produtores rurais também temem pela falta de segurança física.
Por Catve