Todos os dias os meios de comunicação nos informam de tragédias que estão acontecendo em todas as partes do planeta, e, recentemente, várias tragédias em diferentes regiões do Brasil. Diante destes e outros fatos não posso colocar-me à margem da poluição de nosso planeta. Hoje cabe a todos nós, tomarmos conhecimento das implicações que nos afetam a nós mesmos e a nossas futuras gerações, pois a finalidade deste artigo era de enfatizar até que ponto estamos contribuindo na contaminação dos nossos mares, terra, rios e na destruição do meio ambiente?
O homem representa uma real ameaça para si mesmo e para a natureza. Estamos no banco dos réus, sob o peso do egoísmo, do esbanjamento, do mau uso dos recursos naturais renováveis e não renováveis, da irresponsabilidade, da apatia e do desrespeito à natureza, a qual estamos destruindo por agressão direta e indireta. Esta destruição é chamada, pelo escritor Enrique Balech, em sua obra “Geocídio” (Edicion de la Flor, Buenos Aires, 1978, p. 17), de “geocídio e ecocídio culposo”, ou seja, a destruição culposa da terra e da ecologia.
Segundo fontes das Nações Unidas as emissões de gases de efeito estufa encobrem a terra e retém o calor do sol. Isso leva ao aquecimento global e à mudança climática. O mundo agora está aquecendo mais rápido do que em qualquer outro momento registrado da história.
Devemos entender que podemos e devemos assumir uma responsabilidade inconfundível ante a necessidade de uma melhor qualidade de vida em nosso planeta. Mas no campo científico, tecnológico, sociológico e polítíco, este tema provoca a polêmica de se saber se, na verdade, o homem é ou não capaz de efetuar as mudanças que o mundo que nos rodeia exige, a fim de sobreviver para as futuras gerações.
Qual é a verdadeira dimensão do problema? Existe algo que possamos fazer, antes que seja demasiadamente tarde? Podemos fazer algo em conjunto? O que estão fazendo os governos e as organizações mundiais para salvaguardar o que possuímos e restaurar ou substituir, até onde é humanamente possível, o que foi destruído? E o que fazem os cientistas para criar melhorias tecnológicas em prol do bem-estar do homem?
Este artigo tem como objetivo nos conscientizarmos ante a complexa situação em que todos estamos envolvidos e evidentemente culpáveis. Lamentavelmente, não nos podemos aprofundar em estatísticas e estudos científicos nesta coluna Expectativa porque é um tema vasto e muito profundo. Mas isto não deve ser uma desculpa para permanecermos alheios, passivos e indiferentes ante causas tão catastróficas e suas implicações destrutivas. Precisamos de uma nova visão de como administrar melhor o mundo em que Deus nos colocou.
Esperamos que esta reflexão nos ajude a renovar a nossa fé em Deus e a reconhecer que um dos propósitos que temos na vida é igual para todos os seres humanos, é o de fazer prosperar a terra e viver em harmonia com ela.
* Filósofo e teólogo – professor de filosofia, antropologia e história; Professor da Rede Estadual de Educação pardinhorama@gmail.com |