Os governos municipais, estaduais ou federal possuem um orçamento e só podem realizar despesas que estejam incluídas em seus respectivos orçamentos. Principalmente após a Lei de Responsabilidade Fiscal o cuidado das autoridades quanto ao destino dos recursos públicos ficou ainda maior.
Todos sabem que ainda há muito que fazer, porém os recursos são insuficientes para atender a todas as necessidades. Daí, surgem as carências as quais estamos acostumados em nosso país: na educação, na saúde pública, no saneamento básico, na segurança, etc.
Por tudo isso é muito importante a participação da sociedade na busca por soluções para cada um dos problemas de nossa sociedade.
O projeto ‘Amigos da Escola’ foi um exemplo de como essa participação, por meio de voluntários, pode auxiliar a melhorar a educação em nossa nação. Na área social, diversas igrejas e movimentos como a Lions Clube e Rotary Club dão importante exemplo de assistência e apoio a famílias carentes de nossa cidade. Vale lembrar, a propósito, a citação de John Kennedy: “Se uma sociedade livre não pôde ajudar os muito pobres, não poderá salvar os poucos ricos”.
Quanto à segurança, que atualmente é um dos temas que mais preocupa e desperta maior atenção, a participação da população nas reuniões e projetos do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) poderia ajudar na redução de problemas como roubos ou venda e consumo de entorpecentes.
Criticar é simples e fácil, colaborar é que são elas. As experiências que tive em política estudantil e quando ocupei funções de gestão no setor público mostraram que por melhor que se faça um trabalho, sempre haverá pessoas para tecer críticas, entretanto, pessoas dispostas a ajudar e colaborar existem, mas são sempre em número muito menor.
Antes de criticar alguém, seja o prefeito, o governador ou mesmo um simples diretor de associação de moradores do seu bairro, procure uma maneira de colaborar. Pois, já diz a sabedoria popular: “A maneira correta de resolver problemas não é apontar culpados, mas sim, apontar soluções”.
Para encerrar farei uma oportuna citação do Padre Antônio Vieira: “Sabeis que vos hão de pedir estreita conta do que fizestes; mas muito mais estreita do que deixaste de fazer. Pelo que fizeram, se hão de condenar muitos, pelo que não fizeram, todos (…) A omissão é um pecado que se faz não fazendo”.
* César Gomes de Freitas é professor do Campus Assis Chateaubriand do Instituto Federal do Paraná (IFPR). Possui Pós-Doutorado pela Universidade Federal Fluminense, doutorado pelo IOC/Fiocruz, mestrado pela UCDB e é bacharel em Administração e Ciências Contábeis. Contato: cesar.freitas@ifpr.edu.br |