PAULO DE PAULA, DE ASSIS CHATEAUBRIAND PARA OS PALCOS DO MUNDO!
Foi no começo da década de 70 que pela primeira vez um chateaubriandense gravava um disco musical. Essa incumbência histórica coube ao jovem Agenor Barbosa, filho de Eva e Antônio Barbosa de Almeida, que começou cantando a música “Mexericos da Candinha”, num programa de auditório da extinta Rádio Difusora, que funcionava onde um dia foi a Profort Presentes. Após alguns programas, Agenor foi contratado para trabalhar na emissora. Por gostar de cantar e pela oportunidade de conhecer os artistas que vinham para a região, começou a fazer freelance com a dupla Mensageiro e Mexicano e o cantor e compositor Zé da Praia e em seguida passou a fazer humorismo com o personagem de Barnabé Segundo. Nestas alturas, Agenor já era muito amigo de José Costa, que já não tinha mais a Discolândia, mas como representante da gravadora Continental para Oeste e Sudoeste do Paraná foi muito importante na divulgação. Com apenas 60 dias de divulgação e shows pela região, a música “Quarto de Mansão” já estava nas paradas de sucesso, inclusive internacionalmente, com gravações em castelhano. Trabalhando na Discolândia, Agenor aproveitou o bom relacionamento que tinha com os divulgadores das gravadoras e gravou o seu primeiro compacto simples pela gravadora Chororó. Logo em seguida gravou também um LP com regravações dos sucessos de Tonico e Tinoco. Como parte do combinado, a Discolândia foi obrigada a comprar 500 discos. Infelizmente, o projeto morreu na casca. Com a mudança de seus pais para Curitiba, Agenor foi convidado pelo representante da CBS para trabalhar como divulgador da gravadora na capital. Como Agenor continuava sonhando em ser cantor, o representante da CBS o levou até o Rio de Janeiro para fazer um teste com duas músicas do compositor Zé da Praia – “Moisés, um Santo de Areia” e “Quarto de Mansão”, mas o pessoal do Rio nem quis ver as músicas, alegando que Agenor teria de continuar como divulgador da CBS na capital porque era um trabalho que ele sabia fazer muito bem. Agenor não desistiu, procurou Nelson Vilalba, representante da RGE, que o encaminhou para São Paulo. O produtor da RGE, popular “Janjão”, gostou tanto das músicas que até arranjou um nome artístico para o Agenor, Paulo de Paula. Com a ajuda novamente do amigo José Costa, gravou mais dois LPs pela RGE e fez muito sucesso, chegando a fazer duas fotonovelas pela revista “O Cruzeiro”.
Com o sucesso muito rápido, com a falta de estrutura emocional e com um casamento precoce que não deu certo, a carreira de Paulo de Paula ficou comprometida, abandonando os palcos quando ainda poderia fazer mais sucesso. Aposentado por tempo de serviço na Rádio Tropical de Curitiba, de propriedade do ex-deputado Carlos Simões, e com a saúde bastante debilitada (quase sem voz), Agenor Barbosa de Almeida ou Paulo de Paula, continua residindo em Curitiba. Mas com certeza, aqueles que o conheceram são eternamente gratos por tudo que ele fez por Assis na área cultural, levando o nome da nossa querida “Morada Amiga” pelos palcos do mundo.