Apesar da fiscalizacão, a pirataria só cresce. Também a Palavra de Deus é anunciada e vendida na versão pirata. Já no tempo do profeta Jeremias, podemos ver Hananias e seus companheiros anunciando uma paz falsa. Lidavam com a pirataria da paz. As consequências da pirataria da paz foram danosas. O povo que absorveu essa paz falsa sofreu as consequências em sua vida: a destruição de Jerusalém e a deportação.
Também no tempo de Jesus, a Palavra era colocada no mercadoreligioso de forma pirateada. Os fariseus diziam que a salvação consistia em guardar uma série de exigências da lei. O apóstolo Paulo combateu a pirataria da Palavra: “Pois pela graça de Deus vocês são salvos por meio da fé” (Efésios 2.8). Falando sobre a paz, ele declara: “Jesus é a nossa paz!” (Efé-sios 2.14). Séculos depois de Jesus, a igreja permitiu e incentivou a pirataria do Evangelho. Comercializou o perdão, trocando-o por dinheiro em vez de oferecer a boa notícia do perdão dos pecados por graça e fé.
Vamos nos alegrar. Ao morrer na cruz em nosso lugar, Jesus presenteou-nos com a verdadeira paz com Deus e com as pessoas. Em Jesus, todos podem receber a paz e viver em paz. E verdadeira paz não é só uma paz na consciência ou na mente, mas é a certeza objetiva de que acabou a inimizade entre nós e Deus. Com seu grito no alto da cruz Jesus pôs fim à pirataria. Paz seja com você!
Estamos cercados por propagandas com formas e conteúdos diversos, recheadas de criatividade. Cada um tenta apresentar a solução para as mais diferentes situações da vida. Olhe, por exemplo, a propaganda do posto de gasolina Ipiranga e tire suas conclusões.
O mesmo acontece no mundo religioso através das propagandas que oferecem desde bens materiais até a solução para problemas espirituais. Propagandas dão a entender, por exemplo, que cura e prosperidade serão encontradas somente naquela determinada igreja. Lá está a solução tanto para necessidades materiais como espirituais. Será que é desse jeito? Certamente não.
Andando pelas ruas de qualquer cidade o que chama a atenção é a quantidade de templos que têm faixas afixadas na sua fachada. Normalmente são faixas de anúncios de trabalhos da igreja. Até aí nada demais. O problema está nas propagandas “enganosas” ao confrontarmos com o Evangelho de Cristo. Um exemplo bastante comum de faixa costuma prometer bençãos, prosperidade, curas, milagres, e até mesmo “casa própria”. Nenhuma faixa traz a palavra “Arrependei-vos”, que é a mensagem central do Evangelho.
Os judeus passavam por um momento difícil. Falsos profetas tentavam enganá-los. A liberdade foi transformada em escravidão. Jeremias aconselha, por carta, os judeus a trabalhar para o bem da cidade aonde foram mandados como prisioneiros e a pedir em favor dela, pois, “se ela estiver bem, vocês também estarão” (v. 7). Deus cumprirá sua promessa de trazer o povo de volta a Jerusalém.
Portanto, a melhor propaganda vem da Palavra de Deus, que ensina a confiar na promessa de que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam o Senhor (Roma nos 8.28). A Palavra assegura-nos o cuidado de Deus. Então, quando você precisar de alguma coisa, procure com confiança na Palavra de Deus.
Filósofo e teólogo – professor de filosofia, antropologia e história. Professor da Rede Estadual de Educação pardinhorama@gmail.com |