Liberte-se desse péssimo hábito.
É comum as pessoas fazerem comparações. Comparam-se com outras ou comparam as pessoas entre si. Salvo algumas exceções que são benéficas, na maioria das vezes as comparações vão causar prejuízos a alguém.
É saudável comparar-se com outras pessoas somente quando estiver traçando metas e, para tanto, precisa identificar características que sejam saudáveis adquirir. Neste caso, a outra pessoa representa um espelho das características desejadas e o motiva a buscá-las.
Quando o objetivo da sua comparação com alguém for o de identificar os defeitos em si, acaba caindo na armadilha de achar que o outro é melhor que você em algum aspecto que você valoriza, seja no intelecto, na vida profissional, na beleza. Quando o outro é visto como melhor ou superior, o sentimento será de inferioridade em relação a ele. Nesses casos, o que representa a maioria das vezes, o melhor mesmo a fazer é libertar-se desse hábito negativo.
São inúmeras e variadas as comparações, com os irmãos, com os colegas de trabalho, da namorada atual com a ex, dos filhos com os do vizinho. É o irmão o mais bem-sucedido, o colega de trabalho o indicado ao cargo que você almeja, o marido da amiga que ganha mais do que o seu, o filho da vizinha que passou no primeiro vestibular. Esses são poucos dos muitos exemplos de comparações que não nos acrescentam.
Cada um é único e especial, carrega em si suas virtudes e qualidades. Um passo para se libertar das errôneas comparações é a aceitação de si assim como é, em sua essência. Com isso, abrem-se caminhos para a própria mudança pessoal, deixa-se de ser tão rígido consigo mesmo, de fazer julgamentos alheios. É preciso ter compaixão de si e se direcionar para o desenvolvimento.
Observe os aspectos que lhe pareçam deficitários. A comparação tem que tomar como base a si para se olhar compassivamente e traçar um plano para se melhorar como indivíduo. Esse caminho lhe propiciará viver melhor consigo e, viver melhor com o outro, acaba sendo uma consequência saudável e desejável.
| Silvana Pedro Pinto é psicóloga clínica e educacional. Atende crianças e adultos na Clínica Bambini |
