PROFESSORES DE GUAÍRA ANUNCIARAM GREVE CONTRA PRIVATIZAÇÃO E VÃO A CURITIBA PARA PROTESTAR.
Os professores de Guaíra decidiram entrar em greve a partir do dia 03 de maio, em apoio ao protesto contra a privatização das escolas estaduais no Paraná. A medida foi proposta pelo governador Ratinho Junior e encaminhada ao Legislativo Estadual. Em entrevista, a presidente local do Sindicato Estadual dos Professores (APP-Sindicato), Rita Sabrina, expressou a insatisfação e preocupação dos docentes com o projeto de lei.
Segundo Rita, a classe docente e o sindicato estão consternados com a notícia da privatização das escolas públicas, considerando a iniciativa como uma forma de “doação do público para o capital privado”. Ela destacou o impacto negativo que a privatização pode ter, especialmente em escolas tradicionais como o Colégio Mendes Gonçalves, a primeira escola de Guaíra, que está na lista de instituições a serem privatizadas.
“A APP-Sindicato é contra entregar o que é público para o capital privado. Queremos uma escola pública e de qualidade, e lembramos sempre que outra educação é possível”, afirmou Rita. A presidente ressaltou que o projeto de privatização do governo estadual inclui duas escolas já privatizadas em Curitiba, mas questionou a eficácia dessa medida, especialmente para os professores concursados que poderão perder seus postos para docentes terceirizados.
Ela apontou que a terceirização pode resultar na diminuição dos salários dos professores e precarização das condições de trabalho. “Temos funcionários terceirizados nas escolas, e há muitas reclamações sobre atrasos nos salários e a falta de vínculo com o Paraná, já que muitas dessas empresas são de São Paulo”, comentou.
O sindicato tem realizado visitas às escolas para mobilizar professores e funcionários contra a privatização. Na última sexta-feira, visitaram escolas em Assis Chateaubriand e Jesuíta, e dia 28, estiveram em Guaíra e Terra Roxa. Rita mencionou a reunião realizada no Colégio Mendes Gonçalves, onde a comunidade escolar expressou temor e oposição à privatização.
“Não à privatização! Nossa mensagem neste momento é de greve, e vamos continuar a lutar pela educação pública de qualidade”, concluiu Rita Sabrina.
A decisão de greve geral foi tomada no sábado (25) na Assembleia Estadual, que reuniu mais de 4 mil educadores e votou pela paralisação total das atividades. Segundo a sindicalista, os professores devem se deslocar a Curitiba no próximo dia 04 de junho para pressionar os deputados estaduais na ALP. Por enquanto ainda não existe data para o término da manifestação.
Fonte: Portal da Cidade Guaíra
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