Pesquisadores fizeram uma comparação entre a intensidade do amor e do ódio no cérebro humano. Eles concluíram que o ódio é mais intenso do que o amor. O estudo também comprovou que os dois sentimentos podem manifestar-se, ao mesmo tempo, nas pessoas. “Por causa de mim, essas pessoas vão porque não conhecem lhes fazer tudo isso aquele que me enviou”. (Evangelho de João 15. 21)
É contra a força do ódio que Jesus alerta os discípulos. Ele afirma que, por não conhecer Deus, o mundo vai odiá-los.
Por que o mundo, que rejeita o Deus encarnado em Jesus, odiará os discípulos? Porque os pecados se tornarão visíveis na mensagem que Cristo traz ao mundo, mas também a sua compaixão.
Os discípulos têm a responsabilidade de ser o espelho do amor e da graça de Deus revelados em Jesus às pessoas. Eles terão que enfrentar o ódio do mundo com o amor recebido de Deus por meio de Cristo. Mesmo que o ódio se manifeste mais intensamente no cérebro humano, ele pode ser vencido pelo amor. Somente o amor neutraliza a força do ódio.
No cérebro humano, o amor não aciona a ansiedade nem a crítica. O amor não vê os defeitos do outro. Por isso se diz que o amor é cego e vence o ódio. A proposta de Deus que se concretizou na vida, morte e ressurreição de Jesus é: vencer
o ódio humano com um amor incondicional que não vê os defeitos, mas as virtudes.
Que o amor de Deus ilumine o nosso cérebro e que nele habite o amor que Cristo ensinou e praticou! Nessa esperança e busca, vivamos o tempo que Deus nos deu para amar e vencer o ódio.
* Filósofo e Teólogo – Professor de Filosofia, Antropologia e história Professor da Rede Estadual de educação pardinhporama@gmail.com |