Na noite de hoje (21), Robinho, ex-jogador de futebol, foi preso em sua residência em Santos. Essa prisão ocorreu após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) homologar o pedido da Justiça italiana para que ele cumpra a pena de 9 anos de prisão no Brasil. O crime pelo qual ele foi condenado ocorreu em 2013 e envolveu um caso de estupro.
A decisão do STJ determinou que Robinho deve cumprir a sentença no Brasil. O ofício para a execução da pena foi enviado à Justiça Federal de Santos e encaminhado à Polícia Federal. A ministra Maria Thereza de Assis Moura, presidente do STJ, assinou o documento.
A prisão foi realizada na casa do ex-jogador, em Santos. A ida da polícia à residência de Robinho aconteceu um dia após o STJ decidir que o ex-atleta deve cumprir a pena no Brasil. A informação foi dada pela Globo News.
Na sessão do STJ realizada quarta, 20, nove dos 11 ministros presentes votaram a favor da homologação do pedido vindo da Itália. A maioria também concordou que a execução da pena fosse imediata. A defesa de Robinho havia solicitado um habeas corpus ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas o pedido foi negado pelo ministro Luiz Fux, que foi sorteado como relator.
O caso remonta a 2013, quando Robinho e mais cinco amigos foram denunciados por estupro de uma mulher albanesa. O incidente ocorreu na boate Sio Café, em Milão, na Itália. Até o momento, apenas Robinho e Ricardo Falco foram condenados. Os outros quatro amigos do ex-jogador não receberam condenação. Como todos já haviam deixado a Itália durante as investigações, eles não foram localizados pela Justiça para serem notificados para a audiência preliminar que aconteceu em 31 de março de 2016. Assim, o juiz resolveu separar os casos
Em 2014, Robinho admitiu ter mantido relações sexuais com a vítima, mas negou a violência sexual. Ele reforçou essa declaração em 2020, durante uma entrevista ao UOL. Posteriormente, em 2022, Robinho foi condenado em última instância pela Justiça italiana a nove anos de prisão. No entanto, ele nunca foi preso porque já estava no Brasil, que não extradita seus cidadãos.
Ainda em 2020, quando já havia sido condenado em primeira instância, ele acertou seu retorno ao Santos. O Peixe, no entanto, suspendeu o contrato com o atacante dias depois por causa da pressão da torcida e da imprensa pelo caso.
A Itália solicitou que o Brasil considerasse a possibilidade de Robinho cumprir a pena em solo brasileiro. O Ministério Público Federal manifestou-se a favor da prisão do ex-jogador.
O vice-procurador geral da República, Hindenburgo Chateaubriand, mencionou as gravações feitas pela Justiça italiana que levaram à condenação de Robinho. Essas gravações foram publicadas pela primeira vez no podcast UOL Esporte Histórias – Os Grampos de Robinho.
O caso continua a atrair atenção e discussão, e a prisão de Robinho marca um capítulo importante nessa história complexa e controversa.