O diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, reuniu nta terça-feira (12), no Cineteatro dos Barrageiros, em Foz do Iguaçu, o corpo funcional da empresa para apresentar um balanço do primeiro ano da atual gestão. Participaram do encontro os diretores Renato Soares Sacramento (técnico executivo), Luiz Fernando Delazari (jurídico), Iggor Gomes Rocha (administrativo) e André Pepitone (financeiro executivo).
O balanço foi feito apenas dois dias após a usina binacional alcançar a marca histórica de 3 bilhões de MWh produzidos desde o início de sua operação, em 1984. Nenhuma outra empresa no mundo produziu tanta energia. “O que mostra que Itaipu, apesar das novas fontes de energia renováveis, ainda é e continuará sendo essencial para o sistema elétrico brasileiro e paraguaio”, afirmou o diretor-geral.
Verri destacou como uma das marcas dos primeiros 12 meses à frente da Itaipu a redução da tarifa de energia elétrica para US$ 16,71 kW, em 2023, valor 26% menor ao praticado apenas dois anos antes (US$ 22,60) e o menor em duas décadas. “A energia elétrica mais barata do Brasil é produzida pela Itaipu”, salientou.
Outra ação foi o aumento da área de atuação da empresa de 55 para 434 municípios, por meio do programa Itaipu Mais que Energia. Estão contemplados na nova área todos os 399 do Paraná e mais 35 do Mato Grosso do Sul, que passaram a receber investimentos da Binacional. Somente pelo convênio com a Caixa Econômica Federal, são quase R$ 1 bilhão em projetos nas áreas de manejo integrado de água e solo, saneamento ambiental, energia renovável e obras sociais, comunitárias e de infraestrutura.
“O nosso objetivo, com esse programa, é intensificar o cuidado com o meio ambiente e com as pessoas, fomentando o desenvolvimento local para auxiliar os municípios a cumprirem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU”, declarou.
O diretor-geral citou como exemplo o município de Foz do Iguaçu, onde está localizada a sede brasileira da usina, que vai receber investimentos de mais de R$ 1,3 bilhão – incluindo recursos do convênio com a Caixa e outras ações. Somados os valores que serão destinados à conclusão do campus da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), último grande projeto do arquiteto Oscar Niemayer, o montante passa de R$ 2 bilhões.
“Com tudo isso, nós queremos dizer que estamos ampliando nossa área de atuação, mas sempre lembrando onde estamos e, por isso, continuaremos investindo em Foz do Iguaçu e nos municípios lindeiros. A título de registro, nunca uma administração de Itaipu investiu tanto em Foz do Iguaçu quanto o que nós estamos fazendo”, sublinhou.
Verri também pontuou a expansão das Unidades de Valorização de Recicláveis (UVRs) no Paraná, com investimentos de R$ 118,6 milhões e oportunidade de trabalho para 1,2 mil catadores; a recuperação de 9 mil nascentes de rios; a pavimentação de 650 km de estradas rurais; e a construção e reforma de 2 mil km de terraços (técnica de conservação dos solos) – entre outras ações que compõem o programa Itaipu Mais que Energia.
O diretor-geral agradeceu o empenho do corpo funcional para viabilizar os projetos, respondeu a perguntas dos empregados, e disse que a empresa está preparada para os novos desafios que estão pela frente, como o apoio ao Ministério de Relações Exteriores para a renovação do Anexo C do Tratado de Itaipu e o Plano de Atualização Tecnológica da central hidrelétrica, que começou a ser executado em 2022 e prevê 14 anos de serviços.
“Ao vislumbrarmos o futuro, enxergamos um caminho iluminado pela liderança de Itaipu, uma referência mundial em produção de energia limpa, renovável e sustentável. Somos uma potência que transcende fronteiras, impulsionando o desenvolvimento de dois países e influenciando positivamente a vida de milhões de pessoas”, concluiu.
A nomeação de Verri para o cargo de diretor-geral brasileiro da Itaipu foi publicada pelo Diário Oficial da União (DOU) no dia 10 de março de 2023 e a posse ocorreu no dia 16 do mesmo mês, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.