Entre as leituras de férias, deste início de 2024, li o novo livro do fisiculturista, ator, empresário e ex-governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, “Seja útil: sete ferramentas para a vida”, onde o astro de Hollywood e ex-político compartilha fatos de sua vida e um pouco dos pensamentos e ações que o guiaram em sua carreira ou carreiras, melhor dizendo.
Em um dos capítulos Schwarzenegger reflete: “Se existe uma verdade inevitável no mundo é que nada substitui o esforço. Não existe atalho, truque nem pílula mágica que possa suprimir a necessidade de se empenhar muito para fazer bem seu trabalho, vencer um grande desafio ou realizar seus sonhos”.
Empenho, esforço e dedicação são necessários para se conquistar nossos desejos e sonhos. Nada cai do céu, milagres acontecem, porém são raros.
Um dos temas mais antigos e debatidos da humanidade é referente ao nosso destino: O futuro de todos já está escrito e é inalterável ou cada um possui a capacidade de construir seu destino?
Muitos acreditam na primeira hipótese, ou seja, tudo o que vai acontecer conosco já está escrito no grande livro do destino, e geralmente, escrito em linhas tortas. Segundo essa teoria, somos apenas fantoches, bonecos sem força e vontade, seguindo por um caminho que já está traçado e definido.
Outros, contudo, acreditam na segunda hipótese: é o homem que escreve o seu destino. O amanhã depende única e exclusivamente das decisões que tomamos hoje. Possuímos o livre arbítrio, somos livres para escolher entre os vários caminhos que a vida coloca em nossa frente. Podemos escolher entre o certo e o errado, entre o bem e o mal, entre a porta estreita e a porta larga, entre fazer algo ou não fazer nada…
Particularmente, acredito em uma teoria mista, onde os vários caminhos estão traçados, bem como as consequências relativas a eles, mas é cada um de nós que escolhemos por qual deles seguir. Gosto de uma frase de Santo Agostinho que resume bem minha opinião: “Ore como se tudo dependesse de Deus, porque depende. Porém, trabalhe como se tudo dependesse de você, porque depende”. Outro que concorda com essa linha de pensamento e que vale a pena recordar aqui é o economista Ricardo Amorim: “Ou construímos o futuro que queremos ou seremos reféns do futuro criado pela nossa omissão”.
Não adianta ficar rezando para ganhar na loteria se não comprar o bilhete. Quer algo? Lute, busque, faça por merecer. Tudo depende de seu esforço. Lembre-se que a diferença entre quem você é e o quem você quer ser é o que você faz.
Encerro com uma frase de Albert Einstein para contribuir com nossa reflexão sobre a importância do esforço em nossas vidas: “Temos o destino que merecemos. O nosso destino está de acordo com os nossos méritos”.
* César Gomes de Freitas é professor do Campus Assis Chateaubriand do Instituto Federal do Paraná (IFPR). Possui Pós-Doutorado pela Universidade Federal Fluminense, doutorado pelo IOC/Fiocruz, mestrado pela UCDB e é bacharel em Administração e Ciências Contábeis. Contato: cesar.freitas@ifpr.edu.br |