Ter um diagnóstico de câncer de pâncreas pode gerar muitas incertezas e receios. A doença, de difícil detecção, apresenta comportamento agressivo e, seu tratamento, depende de uma série de fatores individuais do paciente, além do envolvimento de uma equipe experiente e especializada neste tipo de neoplasia. A boa notícia é de que a Oncologia tem avançado e possibilitado maiores chances de controle da doença.
Segundo o cirurgião oncológico Bruno Kunz Bereza, especialista em câncer de pâncreas, o uso de técnicas minimamente invasivas tem gerado resultados relevantes, bem como a adoção da robótica no procedimento cirúrgico. “Temos realizado cirurgias complexas no mesmo nível que cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, com técnicas realmente avançadas de videocirurgia e com uma preocupação integral com o pré e o pós-operatórios”, comenta o médico, referência no tratamento deste tipo de câncer.
O primeiro passo, ao ter um diagnóstico do câncer de pâncreas, é a avaliação do caso de forma minuciosa e personalizada, com embasamento em exames e informações precisas. A consulta, portanto, é um momento importante quando são repassadas as possibilidades e retiradas as dúvidas. “O paciente de câncer de pâncreas comumente chega com muitas dúvidas. Por isso, fazemos uma consulta muito atenciosa para que todos os pontos sejam esclarecidos e que se tenha total clareza dos passos que poderão ser dados”, comenta o cirurgião Bruno Kunz Bereza.
Neste momento inicial, adota-se uma série de medidas preparatórias. “O pré-operatório é muito relevante e nós nos preocupamos em fazer todo um plano personalizado para que o paciente tenha toda essa preparação adequada”, destaca o especialista. O paciente e os familiares também já recebem todos os encaminhamentos que serão necessários depois do tratamento cirúrgico do pâncreas, permitindo a organização e a assimilação dos pontos que irão acelerar a recuperação.
Já a cirurgia em si é organizada com antecedência e envolve uma equipe multidisciplinar e experiente nesse tipo de câncer. “Em procedimentos de alta complexidade, com foco minimamente invasivo, utilizamos equipamentos de videocirurgia de alta definição, grampeadores, além de pinças e fios cirúrgicos especiais”, comenta Bruno. “Quando há indicação também utilizamos o auxílio do robô, o que tem gerado grandes benefícios”, finaliza.
O médico destaca que o câncer de pâncreas atinge homens e mulheres, em geral, entre os 65 e os 80 anos, praticamente na mesma proporção. É fundamental a detecção precoce, segundo o cirurgião oncológico.
A associação de fatores genéticos, história familiar e fatores de risco ambientais e de hábitos de vida consegue identificar os pacientes com risco acima de 5% de terem câncer de pâncreas. Nestes casos, pode ser realizado rastreamento periódico com consulta médica, exames de ressonância magnética, associada ou não a colangiorresonancia, exame de ecoendoscopia e exames laboratoriais.