Buscando reforçar o combate à dengue, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), em parceria com a Casa Civil, realizou nesta terça-feira (16) uma reunião entre gestores municipais e técnicos de vigilância epidemiológica para alinhar ações e atualizar o panorama da doença no Estado. O encontro, que aconteceu no Palácio Iguaçu, contou com representantes dos 77 municípios mais afetados no Paraná e promoveu estratégias para controle vetorial, além de orientações para manejo de pacientes, assegurando uma resposta integrada e eficiente diante do crescimento de casos.
O novo informe semanal da dengue divulgado ontem registra 3.593 novos casos no Paraná, sem novos óbitos pela doença. O período sazonal 2023/2024, que teve início em 30 de julho, soma 12.782 casos confirmados e 58.566 notificações em todo Estado.
As 22 Regionais de Saúde possuem casos confirmados da doença, sendo que a 16ª RS de Apucarana tem o maior número de positivos (2.592), seguida da 17ª RS de Londrina (1.563), 14ª RS de Paranavaí (1.474) e 15ª RS de Maringá (1.370). São 271 municípios com casos confirmados: Apucarana (1.602), Londrina (1.276), Maringá (860), Jandaia do Sul (657), Santa Izabel do Oeste (604), Paranavaí (543), Capitão Leônidas Marques (504), Jacarezinho (455), Querência do Norte (382) e Paranaguá (374) são as cidades com mais registros.
“Este é o momento de unir forças. Estamos presenciando uma curva ascendente de casos no Paraná e por isso tomamos a iniciativa de reunir estes gestores para discutir e orientar na ação dos municípios. O Estado vem realizando inúmeros esforços, que vão desde a utilização do fumacê até capacitações sobre o manejo clínico de pacientes com dengue, além de repasse de recursos. Porém, é preciso chegar até o quintal da casa da população e a ação da esfera municipal é imprescindível para o êxito”, alertou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Entre os principais pontos salientados estiveram a intensificação do trabalho para eliminação de criadouros em áreas prioritárias, uma ação que, de acordo com a coordenadora de Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Lúcia Belmonte, envolve um grande processo de conscientização popular. “É preciso realizar um trabalho casa a casa, que promova a busca contínua de focos de dengue e isso somente é possível com a ação do cidadão. Orientações básicas como eliminação de objetos que possam acumular água podem fazer a diferença nessa luta”, avaliou.
Outro tópico abordado envolveu o manejo do paciente suspeito de dengue. A Sesa orienta o início imediato do tratamento, especialmente com hidratação. Recentemente, a Secretaria promoveu capacitações em diversos pontos do Estado para orientar profissionais de saúde na identificação da doença e cuidado clínico de pacientes.
O prefeito de Alto Piquiri, Giovane de Carvalho, considerou a reunião como um ato importante para a proteção dos paranaenses. A cidade registra 201 casos. “Como gestor, nossa principal preocupação é com o cuidado aos munícipes. É necessária uma união de forças para que consigamos encontrar êxito nesta luta e a parceria do Governo do Estado tem sido indispensável. Essa reunião é mais uma iniciativa que auxilia a mobilizar esforços pela vida”, destacou.
O superintendente Geral de Apoio aos Municípios, Junior Weiller, ressaltou o compromisso do Estado na articulação e fortalecimento dos gestores paranaenses. “O governo estadual sempre direcionou a sua atuação pela união para a superação de obstáculos. Estamos à disposição dos municípios para somar e fortalecer cada vez mais nesse combate tão importante pela saúde dos paranaenses”, afirmou.
SINTOMAS – A dengue é transmitida durante a picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado pelo vírus. Após a picada, os sintomas podem se manifestar na maioria das vezes em até 15 dias. Geralmente, o primeiro sintoma é febre elevada (39°C a 40°C), que persiste de dois a sete dias, acompanhada por dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e nos olhos. Manchas podem aparecer na face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem ser observados.
Na presença de algum dos sintomas citados, procure imediatamente o atendimento em um serviço de saúde. Evite a automedicação.
ZIKA E CHIKUNGUNYA – O mosquito Aedes aegypti também é responsável pela transmissão, além da dengue, da zika e chikungunya. Durante este período, não houve confirmação de casos de zika, com 49 notificações e nenhum óbito confirmado.
O novo boletim confirmou ainda 13 novos casos de chikungunya. Desde o início do período sazonal já houve o registro de 381 notificações e 44 casos da doença.