Tecnologias implementadas a cada safra trazem melhores resultados na lavoura, garantem produtividades mesmo diante de momentos desafiadores. Evoluir faz parte do dia a dia da Copacol, que realiza a 33ª edição do Dia de Campo, no Centro de Pesquisa Agrícola, em Cafelândia. “É uma satisfação receber os cooperados no CPA para compartilhar os estudos realizados ao longo do ano e assim gerar maior produtividade e rentabilidade. Os grãos são nossa matéria-prima para a industrialização de proteína e aqui temos condições de cooperar com análises científicas que melhoram o desempenho a cada safra”, afirma o diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol.
O campo de experimentação foi visitado pelos cooperados, que participaram de rodadas de apresentações em seis tendas diferentes sobre estudos que envolveram controle de plantas daninhas, efeitos da compactação de solo, manejo de insetos, complexo de enfezamentos, manejo de doenças na cultura da soja e qualidade de sementes. Pesquisas realizadas nos 84 hectares do CPA ao longo de todo o ano e que demonstram qual a variedade com maior potencial produtivo e os manejos ideais. “É o exemplo do que o produtor pode replicar na propriedade e assim colher os frutos de um manejo ideal. Sabemos que o clima é desafiador: nesta safra, por exemplo, sentimos o excesso de chuva, elevada temperatura, nebulosidade, enfim, fatores que limitam a produtividade. Com as pesquisas encontramos estratégias para enfrentar esses fatores”, afirma o gerente do CPA, João Maurício Roy.
DIA DE CAMPO
As visitas ao Centro de Pesquisa continuam nesta quinta e sexta-feira, com cooperados de cidades do Noroeste, Oeste e Sudoeste do Paraná. Além das orientações a campo, uma palestra com Étore Baroni, consultor sênior em gerenciamento de riscos da Stone X, abre o evento a cada dia. O primeiro dia foi marcado pela passagem do secretário de Estado da Agricultura, Norberto Ortigara, que conheceu os experimentos realizados pelo CPA, ao lado do superintendente da Ocepar (Organização das Cooperativas do Estado do Paraná), Robson Mafioletti. “É um momento importante para calibrar a agricultura imediata e do futuro, parceria construída pela Cooperativa, pela força da visão estratégica do time técnico em dar soluções para o agro. Percebemos uma busca pela sustentabilidade, extrair o máximo possível da área cultivada, sempre da maneira correta. É assim que evoluímos. Quero parabenizar esse esforço da Copacol, a longo prazo, em estar afrente do tempo para demonstrar aos cooperados o que é mais relevante, com resultado, gastando menos de recursos naturais e também do agricultor”, afirma Ortigara.
SAFRA A TODO VAPOR
A colheita está na fase inicial no Oeste do Paraná, com intensificação das operações a campo. Ano passado o alto desempenho produtivo se destacou na região: a Copacol recebeu 12,9 milhões de sacas de soja e 17,4 milhões de sacas de milho. A busca pelo conhecimento é para repetir esse patamar histórico em outras safras. O momento atual é de grandes impactos provocados pelo clima. Norberto Ortigara destaca o cenário estadual em produtividade no estado.
“Tivemos muita chuva em outubro e novembro, trazendo impactos às lavouras. Já de 15 de dezembro em diante, a estiagem provocou perdas, além das elevadas temperaturas. No Oeste do Paraná estimamos uma perda de 20%. O Brasil já divulgou hoje a avaliação de safra, com redução de sete milhões de toneladas em soja; no Paraná ainda avaliamos uma produção de 21 milhões de toneladas, com nível de perda considerável. Em soja e milho, teremos uma safra menor. Com essa transparência, esperamos ter um preço adequado”, afirma Ortigara.
RESULTADOS APRESENTADOS
A compactação do solo esteve entre as abordagens de uma das tendas: a cada safra, um novo desafio e novas pesquisas demonstram as alternativas para evitar perdas. O consórcio milho safrinha demonstra efeitos positivos para garantir melhor estrutura física do solo, preservando a água infiltrada e também o desenvolvimento da raiz. “Chegamos a essa conclusão após pesquisas realizadas em nossa área experimental, visto que nas ultimas safras houve umidade excessiva no solo e compactação provocada pela entrada de máquinas na lavoura. Ao agregar palha no solo, nesta sucessão de culturas, temos proteção e ganho de produtividade”, afirma o engenheiro agrônomo e pesquisador, Vanei Tonini.
Fonte: Portal Boa Notícia