Conflitos fazem parte das relações humanas e nem sempre são negativos. A divergência de opiniões pode ser saudável quando as partes conseguem se colocar uma no lugar da outra, a chamada empatia. Na sucessão familiar no campo, a transição entre as gerações muitas vezes é prejudicada por conflitos, mas a diferença de ideias e comportamentos pode resultar em soluções produtivas se os envolvidos conseguirem compreender as razões dos outros. “O conflito é positivo quando os dois lados conseguem ver a perspectiva de cada um”, ensina o instrutor Elizeu Hoffmann, que orientou um grupo de 11 filhos e filhas de associados da C.Vale em um curso de formação de liderança jovem, ao longo de 2023. No encerramento do curso, no dia 16 de novembro, na Asfuca de Palotina, Hoffmann disse que “é mágico quando a gente pode crescer no conflito e reconhecer que o outro também pode ter uma parte da verdade”.
Falando para uma atenta plateia formada por jovens, pais e outros familiares, o instrutor observou que as pessoas devem usar a inteligência e a vontade. Conforme Hoffmann, a inteligência serve para iluminar o caminho e a vontade é a capacidade de tomar decisões para buscar o que se deseja. As decisões, ensinou o palestrante, devem ser tomadas no momento presente, que é o único instante em que o ser humano pode interferir. “Você não muda o passado e o futuro pertence a Deus”, justificou.
Sobre a transição das atividades de uma geração a outra, Hoffmann lembrou que a existência humana é limitada pelo tempo. “É importante reconhecer que nós temos limites e que é preciso fazer o melhor, cada um no seu tempo, para entregar aos mais novos”, alertou.