JÁ SE VÃO 37 ANOS DAQUELA TARDE/NOITE DO TRÁGICO ACIDENTE QUE MUDOU O CURSO DA HISTÓRIA DA COMUNIDADE DO RAMAL PIMENTA (UMA HISTÓRIA ANTES/OUTRA DEPOIS).
A noite do dia 05 de janeiro de 2024, o padre Vergílio Pellá foi convidado mais um ano para celebrar a missa em homenagem póstuma às vítimas do acidente com o caminhão de jogadores do Esporte Clube Rio Branco que deixou 19 mortos no local e um no hospital no dia seguinte.
Desde aquele fatídico acontecimento, a comunidade do Ramal Pimenta se reúne todos os anos no início de janeiro para prestar esta homenagem.
Este ano foi no dia 05/01/24 na mesma Capela da comunidade.
Um dos momentos emocionantes foi quando entregaram para os familiares uma réplica das camisas que os jogadores usaram no jogo daquele dia do acidente.
As camisas foram entregues para: esposas, filhos, netos e parentes mais próximos. Com certeza será uma lembrança para as futuras gerações nunca se esqueçam de que um dia lá num passado distante houve uma tragédia que marcou e marcará para sempre a história da comunidade do Ramal Pimenta no Município de Assis Chateaubriand no estado do Paraná/Brasil
DOMINGO, 04 DE JANEIRO DE 1987…
“Essa Data certamente ficará marcada por muitos anos na memória de muitos que estão presentes aqui hoje.
Estávamos todos ainda em clima de festas (pela passagem do Natal e a virada do Ano Novo), ainda estávamos todos em clima de confraternizações e desejando uns aos outros que tivéssemos um Ano feliz de grandes realizações, estávamos renovando as expectativas para que tivéssemos sucesso, saúde, paz, amor e todas as coisas que desejamos uns aos outros todo início de ano.
Esse é o tempo em que muitas pessoas se reencontram, se juntam para as brincadeiras e fazer coisas que geralmente não fazem durante todo o ano, e foi nesse dia que o time do Rio Branco Futebol Clube, time de tradição do Ramal Pimenta e que encarava todos os desafios com seriedade e atraía grande público onde jogava, foi nessa data que marcou de vez o capítulo mais triste da sua História.
No dia 04/01/87 o time do Rio Branco se juntou e organizou uma viagem para uma cidade vizinha, além do time, foi também torcedores que sempre acompanhavam o time para onde é que ele fosse.
Terminado o jogo, tomaram o caminho de volta pra casa. A parte seguinte não precisa ser contada, pois o acontecido é o que nos traz aqui na Capela do Ramal Pimenta todos os anos no início de janeiro.
Por esse motivo estamos aqui hoje, para celebrar essa missa em memória aos nossos entes, que partiram de forma inesperada, essa celebração em especial, não têm a intenção de emocionar ou causar comoção, (mesmo sabendo que isso é inevitável), a intenção aqui é apenas fortalecer a memória do fato ocorrido há 37 anos. (talvez a maior tragédia da região), mais que isso, promover o encontro de pessoas que dificilmente se encontram, então aproveitemos esse momento para conversarmos, aproveitemos para falar com os amigos que não vimos a muito tempo, e fazermos novos amigos, quem sabe não marcarmos um outro momento para fazer uma grande confraternização, (como eram em dias de jogos do time do Rio Branco), que esse momento de emoção nos dê a oportunidade de nos reaproximarmos.
Naquele 04/janeiro, 20 se foram, e deixaram muitos outros para lembra-los nessa data, o tempo passou, muitas foram as dificuldades, os sofrimentos foram inevitáveis, mas, vencemos, apesar da saudade, as nossas famílias se transformaram e com dignidade seguimos em frente, ( dada um a sua realidade), um dia, ( daqui 10, 20,30,40 anos ou mais ) talvez esses encontros deixem de existir, por isso, queremos deixar um memorial para que outros tenham a oportunidade de conhecer essa história de alguma forma, não porque foram heróis, mais porque estavam apenas se divertindo e se reunindo com os amigos”.
Texto de Wanderley da Silveira
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