O fim de ano é um período bastante esperado para a maioria das pessoas, afinal é época de confraternizações, encontro de familiares, troca de presentes e férias. Esses mesmos motivos podem ser fortes geradores de estresse.
Vejamos. A questão financeira pesa. Tem gente que começa a extrapolar no consumismo no mês de novembro, com as infindáveis promoções típicas do mês que soam como imperdíveis. Em dezembro, com as confraternizações, amigos secretos, lembranças e presentes de natal, as compras continuam a serem realizadas e o décimo terceiro muitas vezes não absorve toda a demanda.
Nas confraternizações do trabalho, estamos sujeitos a encarar os colegas que não foram tão amigáveis durante o ano e nas de família, não fugindo muito à regra, sempre tem aquele primo ou tio que você não tem a menor afinidade ou, está presente aquele familiar que você alimenta ressentimentos.
A saudade acarretada pela falta de um parente que partiu ou que está distante ofusca o brilho das comemorações e a tristeza pode ocupar o espaço da alegria. É um reviver o luto.
As crianças entram em férias escolares e os pais, acostumados a permanecerem poucas horas do dia na companhia dos filhos, passam por período de readaptação, o que gera estresse, também ocasionado pela tentativa de encontrar alternativa razoável para a criança no período em que os pais permanecem trabalhando.
O final de ano é a simbologia de encerramento de um ciclo, tal qual, é natural que seja encerrado com cansaço e estresse. O próprio corpo e a mente se preparam para findar e iniciar outra etapa.
Outros fatores também se apresentam cumulativos como o excesso de compromissos e as expectativas frustradas por tantos planos pessoais e profissionais previstos e não concretizados, que contribuem para o aumento da ansiedade, angústia e estresse.
Na busca pela compreensão dos sentimentos relacionados ao período, encontramos então, não só uma, mas, várias causas para este estado emocional.
Tente evitar cobranças excessivas e evite estar em ambientes que não te farão bem. Pese os fatores que lhe conduzem a estar em determinados ambientes e se realmente vale a pena, respeitando seus princípios e sentimentos.
Cultivar a gratidão é um grandioso antídoto para combater a tristeza e a angústia. Pratique-a diariamente.
Compreenda seus limites, seja complacente consigo. Faça o seu melhor, sem esperar cumprir com as expectativas alheias. Faça por você e para você.
O ideal é encarar o final do ano como uma passagem, que terá sua continuidade e apresentará novas oportunidades para a realização dos sonhos. A renovação dos planos é uma mola propulsora para a satisfação pessoal, portanto, invista um tempo programando suas metas e sonhos para o ano seguinte.
Silvana Pedro Pinto é psicóloga, pedagoga, especialista em educação especial, psicopedagogia e neuropsicologia. Atende adultos e crianças na Clínica Bambini |