dezembro 3, 2023
Camila Agner / Assessoria
CEONC Hospital do Câncer trabalha, por meio da propagação de informações, disponibilidade e capacidade técnica dos profissionais, para avaliação e planejamento terapêutico do câncer de pele
Com a chegada de dezembro, o calendário se colore com outro tom: agora, é a vez do laranja, que alerta para o câncer de pele – sendo que o tipo não melanoma é o mais incidente no País. A exposição solar excessiva, sem proteção, pode provocar alterações celulares, levando ao desenvolvimento de câncer de pele. Estão mais propensos a desenvolver a doença, conforme explica a médica oncologista do CEONC Hospital do Câncer, em Cascavel, doutora Jordana Yaguchi Resende, pessoas de pele clara, com pintas e manchas, idosos, quem se expôs muito ao sol e quem tem histórico de câncer de pele na família.
“A prevenção do câncer de pele se inicia ao evitar exposição solar excessiva e proteger a pele dos efeitos da radiação ultravioleta (UV). Algumas medidas de proteção são evitar exposição entre 10 horas e 16 horas; fazer uso de chapéus e óculos escuros; usar filtro solares diariamente com fator de proteção solar (UVB) no mínimo 30”, comenta.
Os tipos mais comuns são, em ordem de maior frequência, o Carcinoma Basocelular (CBC), Carcinoma Espinocelular (CEC), e o Melanoma, mais raro, porém mais agressivo. O conhecimento do próprio corpo permite o reconhecimento precoce de qualquer alteração. Ao perceber alguma lesão nova ou alteração de lesões prévias, o ideal é procurar um médico dermatologista ou um cirurgião oncológico.
Os CBCs e CEC, em sua grande maioria, o tratamento restringe a ressecção da lesão cancerígena. O diagnóstico precoce garante menor morbidade e resultado estético melhor. O subtipo Melanoma, quando diagnosticado inicialmente, é tratado por meio de cirurgia para retirada da lesão. Porém, em caso mais avançado, pode exigir a realização de quimioterapia, imunoterapia ou terapia alvo associadas ou não à radioterapia.
Para ajudar a identificar pintas, existe a regra do A (assimetria), B (bordas), C (cor) e D (diâmetro) e E (evolução). Quem tem tatuagem, a atenção deve ser redobrada, pois podem esconder lesões. “Outro ponto que merece destaque, são as lesões que não cicatrizam em duas semanas. Neste caso, é importante procurar orientação de um profissional”, recomenda a médica.
Recomendações
Para se prevenir do câncer de pele, o uso de protetor solar e de barreiras físicas que bloqueiam a incidência dos raios solares são atos essenciais – não só em dias de sol, mas nos dias nublados também.
“Chapéus, bonés, óculos escuros e, claro, protetor solar. Tudo isso deve fazer parte da rotina de quem está muito exposto ao sol. Na nossa região, em especial, temos muitos produtores rurais que ficam praticamente o dia inteiro expostos. A eles, fica o nosso apelo: usem protetor e reapliquem, sempre que possível”, recomenda a médica.